Sabemos Dizer o Que Sabemos Sentir!

Cinzas

Quantos inocentes morreram pela guerra
Pelas mãos de pessoas
Que só vieram despejar o ódio na terra

Nunca fizeram jus as suas vidas
Nunca mereceram recompensas
Por centenas de almas que deixaram perdidas

Crianças ao relento
Que embaixo de chuva assistiam a tudo atentos
Não foram poupadas por estes excrementos

Muitas vidas ceifadas de forma covarde
E nunca cansavam de matar com vontade
Tirando de olhos puros o olhar de um belo final de tarde

Apagaram seus amanheceres
E simplesmente achavam que cumpriam deveres
Ao empilhar corpos apodrecendo para o ego de nojentos arrefecerem

Queria ver a mão de Deus realmente bater
Na cara de bastardos que nada fizeram para a vida merecer
E ver seus corpos e almas lançados ao fogo vivos ate derreter

E sentir o cheiro da carne queimando se espalhando pelo ar
E sentir no tempo seus gritos para que outros abutres nunca mais surgissem
E parassem de uma vez com as insanidades que insistem em proliferar.
 

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